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Experiências, Gravidez, Sendo mãe

Eu estava grávida e não sabia: mães contam suas histórias de como descobriram a gravidez de forma tardia

julho 16, 2017 por Chris Finger Nenhum Comentário

A gravidez começa na quietude. Como o mais simples dos encontros, um óvulo e um espermatozoide se unem em uma mágica fusão que, frequentemente, após todo um processo químico e físico, resulta em um bebê. Os primeiros momentos desse período que, para o corpo das mulheres levam aquela média reconhecida de nove meses, passam-se em silêncio. Depois, alguns sinais começam a transparecer o que realmente está acontecendo, como náuseas e mudanças físicas óbvias. Diferentemente para um número mais popular de grávidas do que imaginado, o tal silêncio pode se estender além do normal, tornando a experiência de gerar uma vida (ou mais!) uma grande surpresa.

De acordo com a psicóloga Tati Andreola, essa demora em descobrir a gravidez acontece por conta de um mecanismo de defesa chamado negação. “é uma forma de não querer reconhecer a possibilidade de estar grávida”, afirma, pontuando que a avaliação de cada caso se faz necessária. A negação da gravidez é um fenômeno pouco estudado por especialistas, mas normalmente descrito como o perfeito oposto à gravidez psicológica.

Para ela, quando se fala de culpa por uma gravidez se fala de uma sensação que não é momentânea, mas provavelmente advinda de uma história. “A culpa tende a se amenizar quando eu consigo compreender as razões que me põem nessa posição. Analisar a situação, por meio de terapia, leva a entender o que me levou a ter tal atitude. Não existem segredos, mas sim poder compreender o fato que está ocorrendo”, aponta.

A ginecologista e obstetra Sandra Maria Granetto de Lima informa que mulheres com ciclos menstruais irregulares e alterações hormonais podem demorar a perceber um atraso menstrual. Ainda, existem adolescentes que minimizam sintomas comuns à gravidez, como a tal ausência de menstruação, enjoos e dores nos seios, pelo simples fato de desconhecerem estas informações. Também, em algumas gestações o sangramento vaginal continua constante, mesmo que em menor intensidade, fazendo com que a mulher não perceba sua condição. Ainda, mulheres atletas ou acima do peso também podem não perceber as mudanças físicas.

 

 

 

Confira abaixo o depoimento de algumas mamães que demoraram um pouco mais para perceber que estavam grávidas.

Alessandra Rivieri Resmini

Tenho 45 anos e há quase três tive a maior experiência da minha vida. Após um sangramento anormal ao meu ciclo menstrual, visitei um ginecologista que me receitou tratamento de três meses com um remédio, pensando que era algum sintoma de pré-menopausa. Após quatro meses, a situação era a mesma. Ao consultar com meu médico, ele pediu uma ecografia transvaginal com urgência. Durante o exame, a técnica da ecografia parou o procedimento e disse que faria uma ecografia normal e explicaria o que estava acontecendo. Assim, descobri que estava entrando no quinto mês de gravidez e, na mesma hora, que seria mãe de um menino. Não sabia se chorava ou se dava risada, já que entrei no consultório esperando por uma notícia ruim, mas encontrei a melhor coisa da minha vida. Agora minha vida está completa, pois tenho três filhos lindos.

 

Ana Paula Peixoto Camargo

Engravidei com 30 anos e descobri entre o quinto e sexto mês de gestação. A reação inicial foi horrível, pois descobri durante um exame com um ultrassom precário da obstetra, marcado com urgência. A família ficou feliz, mas também assustada com o tempo de gestação. Não tive nenhum sintoma, emagreci e continuei tendo sangramentos, os quais considerei como menstruação. Para mim, a gestação foi curta e só fui entendendo o que era maternidade depois do meu filho ter nascido.

 

 

 

Christiane Gradaschi

Já tinha dois filhos grandes, de 16 e de 13 anos, quando descobri que estava grávida. Não senti nenhum sintoma, o que foi bem diferente das outras duas gestações, quando enjoei muito, sentia sono e desejos. Durante um dia normal de trabalho, senti fortes dores no abdômen e corri para o plantão. Na consulta, o médico constatou que meu útero estava grande e pediu se eu estava grávida. Respondi que não e nem poderia: tomava anticoncepcional de uso contínuo. Ele solicitou uma ultrassonografia para investigar melhor, já que possuo histórico de início de câncer no útero. No dia seguinte, voltei para o exame e descobri que estava grávida de uma linda menina, e que já estava de 21 semanas e cinco dias. Não estava preparada para ser mãe naquele momento, não tinha um relacionamento concreto com o pai dela na ocasião. Fiquei muito assustada. Ele aceitou melhor que eu o fato e me apoiou muito. Logo descobri que minha pressão estava alta e que teria uma gravidez de risco pela frente. Fiz repouso absoluto desde a 23ª semana até ela nascer, com 32 semanas. Ela ficou 23 dias na UTI e isso nos abalou, mas graças a Deus tudo deu certo e agora estamos aqui com uma filha linda e amada por todos.

Andressa Masotti

Engravidei com 27 anos e descobri a gestação com aproximadamente 24 semanas (seis meses). De início foi um choque, não sei explicar o que senti no momento. Para minha família também foi um susto, ainda mais quando fiz minha primeira ecografia e me surpreendi quando disseram que estava entrando no sétimo mês. Como não tive sintomas aparentes, nem de longe imaginaria e, além do mais, sempre estive acima do peso. Quando minha filha nasceu não tínhamos nada de roupa: descobrimos o sexo pela manhã e, no final da tarde, minha bolsa rompeu e minha filha nasceu de 31 semanas, ficando na UTI por 26 dias. Minha filha veio pra alegrar ainda mais meus dias. Fiquei um pouco abalada pelo fato de ser tão pequena e também por não sair da maternidade com ela nos braços. Mas aos poucos tudo foi se encaixando, se organizando. Hoje, minha pequena tem dois meses e 25 dias. Está ganhando peso e me ensinando o amor materno.

Isabel da Silva

A confirmação aconteceu quando eu estava no quinto mês. Eu era menor de idade e não tive a quem recorrer: tentei esconder da minha família, que era muito rígida. Na hora, foi um impacto muito grande, mas ainda assim a chegada do meu filho foi muito esperada e desejada. O maior susto ainda aconteceu por conta de uma infecção hospitalar que quase nos matou, mas tudo deu certo e hoje ele é um rapaz saudável de 19 anos.

 

 

 

 

Entrevistas: Chris Finger, jornalista e mãe da Lis (3 anos) e da Louise (4 anos)

Texto: Cíntia Hecher, jornalista.

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Qual a melhor escola para o seu filho?

julho 14, 2017 por Chris Finger Nenhum Comentário

Já passei por isso uma vez, mas ainda não me acostumei com essa escolha. Decidir a escola em que o filho vai estudar pode se transformar numa árdua tarefa para os pais. E eu faço parte desse público que procura conhecer muitas opções e, por meio de comparações, escolhe a que se encaixa melhor nas necessidades da família.

As vagas em escolas municipais de educação infantil são escassas na maioria das cidades. O jeito para muitas famílias é buscar pelo ensino particular que caiba no bolso e que atenda bem o bebê ou a criança.

Normalmente, ao buscar a primeira escolinha do filho, os pais prestam muita atenção na estrutura física, que não traga perigo, e no carinho e atenção que os educadores demonstram pelos alunos.

Ao fazer essa escolha, sempre considerei também se o espaço contava com área verde e contato com a natureza, além de aula de musicalização. Nunca me preocupei em saber se possuía aula de inglês, informática ou se minhas filhas estariam alfabetizadas aos cinco anos, mesmo sendo tudo isso muito bom também.

Na minha opinião, na primeira infância, as crianças precisam ser crianças. Brincar, aprender a se relacionar com outras pessoas, a dividir o brinquedo e ter os estímulos corretos é o mais importante.

Agora estamos passando por esse momento de escolhas novamente, buscando uma escola para o ensino fundamental das meninas. Continuo levando em conta se o colégio possui um bom pátio externo e também musicalização. Porém, agora procuro saber sobre a grade curricular e o projeto pedagógico da escola. Nas visitas, busco entender os princípios da instituição e se coincidem com os nossos.

Muitas famílias passam por essa difícil tarefa de escolher o melhor para os filhos. Concordo com o Marcos Piangers quando diz que não devemos optar nem pela escola mais cara e nem pela mais longe de casa.

E complemento: não se preocupe se nenhum amigo da escolinha se manterá no novo colégio, pois é admirável a facilidade das crianças criarem novos vínculos e amizades. Também não se detenha em saber se os alunos formados pela instituição são aqueles que passam no vestibular para medicina ou se tornaram grandes empresários. Muito do ensino dos filhos depende também dos pais. E, por fim, escute o seu coração e a opinião do seu filho.

A escola é o segundo lar dessa família. Todos precisam se sentir bem e acolhidos.

Chris Finger é jornalista, mãe da Lis (3 anos) e da Louise (4 anos)

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Trabalho, filhos, vida pessoal: como vou dar conta de tudo?

julho 10, 2017 por Chris Finger Nenhum Comentário

Tenho uma amiga que diz que ao final do dia, quando consegue colocar a cabeça no travesseiro, sempre pensa o quanto ficou devendo. Ela brinca que o dia precisava ter 48 horas para que conseguisse dar conta e a atenção necessária para os filhos, marido, cachorro… Sem esquecer, é claro, a vida lá fora, o trabalho, as amizades, a academia, o lazer, a espiritualidade.

Já cheguei à conclusão que sempre ficarei devendo. O importante é descobrir pra quem ou em qual atividade essas horas perdidas vão doer menos.

Com a chegada dos filhos eu diminuiu meu ritmo de trabalho, por exemplo. Não foi fácil, tive que negar trabalhos na área da comunicação e clientes que eu sempre almejei atender, mas escolhi ter mais tempo com as meninas.

Adoraria também poder sair mais com as amigas. Muitas vezes nego convites. Principalmente se coincide com semanas que estou trabalhando muito. Sinto a diferença nelas quando me ausento demais, a maior fica agressiva e a menor muito chorona. Elas denunciam. Precisam da mãe. O que eu faço: procuro marcar programas com os amigos e que elas possam participar também.

Quando temos filhos pequenos precisamos, mais do que nunca, saber elencar as nossas prioridades. Eles ficam no topo, seguindo por outras pessoas ou atividades.

Aos poucos aprendemos a gerenciar essa nova vida. Diminuímos as idas à academia, os passeios com os cachorros, o número de livros que lemos num ano ou filmes que assistimos. É claro que não podemos esquecer quem somos, a nossa essência, muito menos deixar de fazer aquilo que nos dá prazer.

Você já ouviu que as prioridades mudam com os filhos? Então se permita fazer essas mudanças e tente se culpar menos. Alguns amigos vão entender, outros nem tanto. Talvez você diminua o seu ritmo de trabalho e tenha que aprender a viver com menos, não vai se arrepender se isso lhe trouxer mais qualidade de vida. Seu companheiro e você também terão que encontrar novos jeitos de curtir a relação, talvez abrindo um vinho quando as crianças dormirem.

Enfim, refletir sobre o assunto já é um bom começo. Porque o dia não mudará, continuará a ter 24 horas e nós precisamos aprender a gerência-lo cada vez melhor.

Chris Finger é jornalista, mãe da Lis (3 anos) e da Louise (4 anos)

Chris Finger veste Via Roma e as meninas Pinoti Baby & Kids
Crédito da foto Vivi Tomas

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A família e sua tripla jornada

julho 10, 2017 por Chris Finger Nenhum Comentário

A chegada do bebê na vida de um casal implica, muitas vezes, em mudanças radicais e inesperadas, além de levar a família a encarar uma tripla jornada. Junto dos afazeres domésticos e a vida profissional, os pais, a partir do nascimento do filho, terão todos os cuidados e responsabilidades que envolvem a criação de um bebê.

Talvez a decisão de quem acordará a noite, trocará o recém nascido quando estiver com a fralda cheia ou ainda o levará para a escola ao acabar a licença maternidade gerará momentos de discussão e angústia.

Muitas vezes brinco e digo que um filho não vem para unir o casal e sim para separar. Brincadeiras à parte, acredito que um filho pode sim fortalecer a relação quando os dois embarcam juntos nessa viajam, respeitam e trocam ideias, dividem responsabilidades. Muitos conflitos que antes não surgiam, aparecem com a chegada de um bebê e o estresse da tripla jornada, trazendo ainda um turbilhão de emoções enraizadas.

Homens e mulheres têm suas profissões, seus grupos de amigos e hobbies. Ambos necessitam que essa vida seja respeitada mesmo com o nascimento do filho, dentro de suas limitações é claro. Porque o tempo e as prioridades mudam. E a vida a dois também precisa de tempo e espaço pós filhos.

Ninguém tem mais direito ou liberdade do que o outro. Na criação dos filhos os dois têm responsabilidades e não me venha com essa história de que os pais estão fazendo um favor quando ficam com as crianças. Homens não são babás de seus filhos, são seus responsáveis tanto quanto as mães.

Sabe aquela crença que homens são de Marte e mulheres são de Vênus? Pode esquecer. Precisamos com urgência rever alguns conceitos e pré-conceitos que estão aí há anos e que colocam a mãe como a única cuidadora do lar e da família e o pai como incapaz para se responsabilizar pelos relacionamentos e vínculos. Precisamos acreditar na capacidade emotiva dos homens já.

Não somos e nem queremos ser uma Mulher-Maravilha. A tripla jornada é para os dois e precisa sim ser dividida. Dessa forma fica muito mais prazerosa para todo mundo e enriquecedora para os filhos, que terão contato e interação com mãe e pai.

Uma boa maneira para encontrar esse equilíbrio é refletir sobre a importância dessa divisão para o bem estar da família, com homens e mulheres participando da criação dos filhos e dos cuidados da casa igualmente. Assim ninguém ficará sobrecarregado e o outro não se sentirá excluído.

E seja bem-vindo a uma vida em família muito mais saudável, com novas crenças e valores.

Texto inspirado na obra “Casais em perigo”, de Peggy Papp
Chris Finger é jornalista, mãe da Lis (3 anos) e Louise (4 anos)
Crédito da foto Vivi Tomas

Chris Finger veste Via Roma
Louise e Lis vestem Pinoti Baby & Kids

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Criando os filhos sem pressa

julho 10, 2017 por Chris Finger Nenhum Comentário

Os pais sonham com o melhor para os seus filhos. Entre a lista do que esperam para o futuro das crianças destacam-se desejos como que sejam felizes, saudáveis e realizados na vida afetiva, social e profissional. Muitas vezes em busca de alcançar tais objetivos, impõem às crianças uma agenda frenética, repleta de compromissos, com horários determinados e muitas exigências. Na contramão dessa antecipação de fases vem surgindo no Brasil o movimento slow parenting (em português, traduzido como “pais sem pressa”).

Buscando respeitar o tempo de cada criança e visando alcançar uma infância mais saudável e menos estressante, a metodologia prega a desaceleração na vida das famílias e, consequentemente, dos filhos. As regras do slow parenting realmente nos fazem refletir. Colocá-las em prática depende muito mais dos pais do que das crianças, e confesso que necessita de esforço e quebra de paradigmas.

Diferente do que era pregado nos ano 2.000, o movimento pede para as famílias minimizarem o número de atividades extras dos pequenos. Já que menos é mais e não é bom criar mini executivos, pois eles se cansarão e quando chegar a idade de trabalhar já estarão exaustos.

As crianças precisam ser crianças. Brincar é a maior necessidade na vida infantil. O tédio e o ócio são necessários e ajudam a desenvolver a criatividade. É importante deixar a criança se relacionar com outras crianças. O círculo social dos filhos precisa ser maior do que apenas o círculo familiar. Todas estas diretrizes, aparentemente simples, mas que demandam grande dedicação dos pais, são pregadas pelo movimento slow parenting.

Para que possam explorar o mundo a seu tempo, a ansiedade dos pais precisa baixar. Não tem porque esperar que o filho seja o primeiro a caminhar, o que vai falar antes, se alfabetizar primeiro e ter as melhores notas na escola. Para isso uma boa pedida é conversar mais em casa, entender a vontade e os anseios das crianças e como estão se sentindo. Uma outra dica é fazer mais atividades em família, que podem ser assistir e comentar um filme, cozinhar, brincar no parque, montar quebra-cabeças, enfim algo que seja prazeroso para pais e crianças e que una ainda mais a família.

Quer conhecer mais sobre o movimento? Participe do 1° aMANHÊsendo, dia 1 de julho, em Caxias do Sul, com palestra do especialista em slow parenting, Gabriel Carneiro Costa. Mais informações aqui na página. Ingressos online pelo https://www.sympla.com.br/amanhesendo__153376.

Chris Finger é jornalista, mãe de Louise (4 anos) e Lis (3 anos)
Chris veste Via Roma e as meninas vestem Pinoti Baby & Kids
Foto Vivi Tomas

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O empreendedorismo materno

julho 10, 2017 por Chris Finger Nenhum Comentário

Dizem que quando nasce um bebê, nasce uma mãe. Eu vou além, a mulher ao dar a luz se torna incrivelmente mais resiliente, capaz de resolver conflitos, de gerenciar crises, administrar as finanças e o tempo.

Outro movimento que percebo nitidamente é que junto à maternidade para muitas mulheres surge também a vontade de empreender. Às vezes como uma forma de ampliar a renda familiar e em sua maioria como um substituto ao trabalho formal. Elas se realizam profissionalmente, conseguindo conciliar de uma maneira mais flexível trabalho e maternidade.

Mesmo com uma renda inferior, se comparado ao emprego que deixaram, pelo menos no início do empreendimento, a maioria demonstra uma felicidade e empolgação com o seu negócio. Elas querem qualidade de vida, tempo com a família e consigo mesma. É claro que nem sempre isso acontece, o maior ganho é o gerenciamento de horários. Trabalha-se menos pela manhã, por exemplo, quando as crianças estão em casa. O tempo é compensado à noite, quando os pequenos dormem e as mães voltam a trabalhar. Ah, e quantas vezes a gente se pega respondendo uma mensagem ao mesmo tempo em que atende os pequenos, se tornando uma multitarefas.

Ao se dedicar ao negócio, essas mulheres procuram entender mais sobre networking, marketing, mídias sociais, vendas. Tudo para tornar o seu empreendimento melhor, mais rentável, mais fácil de ser administrado. Muitas lançam empresas para atender a demanda de outras mães. Surgem as fotógrafas especializadas em bebês, as decoradoras de festas infantis, as estilistas que investem neste segmento, entre tantas outras. Outras adaptam o seu trabalho atual, como a psicóloga que se especializa em gestantes, a publicitária que passa a fazer trabalhos para empreendimentos ligados a mamãe e o bebê, a jornalista que passa a escrever livros sobre o universo materno.

Realmente a vida é um constante se reinventar.
Os filhos também nascem para quebrar uma série de paradigmas que alimentamos ao longo da vida. São tantas noites em claro, momentos sozinhas e de reflexão no puerpério, que acredito que junto como aquele colo de mãe, no embalar da cadeira, nascem essas ideias e reflexões, surgindo esse movimento que podemos chamar de empreendedorismo materno.

Chris Finger é jornalista e mãe da Louise (4 anos) e da Lis (3 anos)

Crédito da foto Vivi Tomas
Chris Finger veste Via Roma e Lis veste Pinoti Baby & Kids

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Pais sem pressa foi tema de palestra para mães e gestantes

julho 5, 2017 por Chris Finger Nenhum Comentário

Na tarde de sábado, 1 de julho, cerca de 130 mães, gestantes e convidadas participaram do evento do blog aMANHÊsendo, em Caxias do Sul, além das suas 70 crianças, que passaram o tempo se divertindo em oficinas realizadas durante a tarde. A palestra com o tema “Pais sem pressa: crianças hoje, adultos só amanhã”, ministrada pelo escritor Gabriel Carneiro Costa, especialista em comportamento humano, foi a principal atividade do evento.

Costa iniciou a palestra contando um pouco sobre seu trabalho e como nasceu o projeto Pais Sem Pressa, uma versão nacional do movimento Slow Parenting. Então, falou que é possível trabalhar com mudança quando não somos os pais que desejamos ser, mas que isso depende somente de nós, não do desejo dos outros. “Você controla o pai e a mãe que você quer ser”, disse, afirmando que romper a ideia de não poder mudar é a essência do seu trabalho.

O palestrante citou modelos de aprendizado para crianças, baseado no que é escutado, visto e sentido. Lembrou que filhos observam os pais o tempo todo, todos os dias, aprendendo com o exemplo. Nesse momento, Costa enfatizou a importância de demonstrar, sim, tristeza, medos e frustrações diante dos filhos. Ele ainda comentou sobre a idealização da chegada de um filho e a pressão de sermos pais perfeitos. Outra visão a ser evitada é expectativa de alta performance dos filhos, comparando com outros da mesma idade e suas atividades. “Essa pressão é dos próprios pais, não deve ser repassada à criança.”

Costa abordou a importância de deixar seu filho simplesmente ser quem é, o que não significa deixar fazer o que ele quiser. “É essencial impor responsabilidades e limites, mas sempre aceitando o jeito de ser da criança.” O escritor ainda falou sobre o momento de ócio e sobre reservar um momento de atenção exclusiva aos pequenos, sem distrações, olhos na TV ou celular. “Presença é sempre o melhor presente.”

Ele ainda destacou premissas importantes, como ser feliz dá trabalho, mas cada um sabe o que lhe torna feliz; criança vê, criança faz; advertindo que a história dos pais não é a mesma dos filhos, então cuidado com a projeção; devemos passar menos tempo pensando que somos bons pais, mas sim realmente o sendo. A premissa que Costa considera a mais importante é a que amor, permissão e estímulos positivos são base para sermos pessoas equilibradas. “O amor é o que gera um adulto mais confiante”, afirmou, destacando que devemos permitir que os filhos sejam quem querem ser. “Somos as pessoas mais importantes para nossos filhos, ou deveríamos ser. O que falamos tem um peso imenso.” Sobre estímulo positivo, o palestrante explicou que significa valorizar e ampliar o que é bom, gerando boa autoestima.

Após afirma que devemos deixar filhos melhores para o mundo, e não o contrário, Costa abriu espaço para perguntas das presentes. Entre as questões, foram contemplados temas como imposição de castigos, compensação, alimentação, liberdade e permissividade.

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Na medida certa

junho 2, 2017 por Chris Finger Nenhum Comentário

A Lis, de 3 anos, é daquele tipo de criança que se pudesse acho que voltaria pro útero. Ela é apegada demais à mamãe. Após o final de semana, por exemplo, faz um chorinho para ficar na escola. Quando deixo no ballet, muitas vezes preciso ficar um pouco junto, até ela se sentir bem sem a minha presença.

Em casa quer que a mãe, na maneira do possível, faça tudo com ela. Na hora do almoço quer ficar ao meu lado. Dar o banho, escovar os dentes e auxiliar com a roupa prefere que seja comigo.

Na hora de dormir nos revezamos, uma noite eu coloco ela na cama e na outra o pai. Mesmo assim, ainda chama por mim no momento do soninho. Louise, que tem 4 anos, na maioria das vezes acha graça de tudo isso. Ela até comenta com as pessoas “a Lis é apaixonada pela mamãe”.

Pela manhã, quando acorda com fome e ainda com sono, corre pra minha cama. Eu tenho que ficar ao seu lado enquanto toma com vontade a mamadeira. Depois, muitas vezes, não basta ficar ali juntinho, sentindo meu cheiro e calor. Ela precisa dormir abraçada ou sobre as minhas costas e ainda com os dedinhos dentro da minha boca.

Louise é muito diferente e super independente. Se não estou por perto fica tranquila na companhia do pai, da babá, dos avós, enfim de qualquer pessoa que demonstre afeto e segurança. Assim ela acaba ajudando muito a mana a se soltar e ficar um pouco mais independente.

Acredito que a segurança que a Lis sente quando está comigo acaba sentindo com a Louise também. Tudo fica mais fácil quando estão juntas. A Lis imita a “mais velha” no clube, no parque e nas festinhas. Brinca melhor, interage com os amigos e acaba assumindo uma personalidade diferente do que quando está sozinha. Ela se mostra mais segura, feliz e independente. Ao mesmo tempo a Louise acaba se tornando mais responsável, amiga e amável.

Que riqueza ver elas se ajudando desde tão pequenas. Faz me lembrar da relação que eu tinha na infância com a minha irmã. Mesmo eu sendo a caçula a defendia dos meninos, dos perigos e a encorajava. Ela me socorria quando eu caia de bicicleta, me ajudava com os temas e dava a mão à noite quando eu estava com medo.

E você já parou pra pensar o quanto os irmãos exercem papéis importantes em nossas vidas e nos encorajam e ajudam a dosar a quantidade de apego aos pais?

Chris Finger é jornalista, mãe da Lis (3 anos) e da Louise (4 anos)
Fotos Vivi Tomas
Chris Finger veste Via Roma
Lis veste Pinoti Baby & Kids

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Sim, minhas filhas são mal educadas (às vezes) e eu não aprovo isso

maio 28, 2017 por Chris Finger Nenhum Comentário

Você acha que minhas filhas são mal educadas e eu aprovo isso? Não, é claro que não. Eu, o pai delas, a babá, as professoras e todo o universo diariamente procura ensiná-las a respeitar o próximo, se portar no restaurante, nunca brigar com os amigos e muito menos se jogar no chão e fazer escândalo.

Educar um filho não é tarefa fácil. Colocamos em prática algumas atitudes para tentar chegar perto. Em casa estipulamos as regras da boa convivência, antes de chegar num local público, festa ou casa de um amigo explicamos como devem se portar, lemos livros educativos, convivemos com elas e procuramos dar o exemplo.

Tudo isso, mesmo assim, com todo o esforço, elas ainda nos desafiam, às vezes batem nos amigos e gritam na hora do almoço. É claro, que na maioria do tempo, são queridas, amáveis e fáceis de lidar. Mas esses rompantes que elas têm é o que faz a sociedade tanto nos julgar.

Há alguns dias fomos num Chá de fraldas. Elas e eu, já que normalmente nesse tipo de comemoração homens ficam de fora. Daí já viu, longe do pai e exclusivamente com a mãe elas se comportam infinitamente pior.

Mesmo diante dos meus apelos, negociações e até ameaças a Louise de 4 anos tem mais dificuldades (no plural mesmo) de obedecer e de se comportar. Lá pelas tantas ela foi na mesa dos refrigerantes e tomou no bico. Minhas amigas, que tem filhos, riram do ocorrido. Ao mesmo tempo olhei pro lado e duas moças se cutucavam e cochichavam do acontecimento, com olhar de reprovação. Educadamente apenas as observei e fiquei calada. A vontade que eu tinha era de me transformar na mãe leoa e rugir para elas.

A Lis, de dois anos, também tem seus momentos de fúria. Recentemente fomos a uma exposição de quadros, eu não tinha com quem deixar as meninas e queria muito prestigiar a artista e as levei comigo. Que erro o meu! Era noite, elas estavam cansadas e com fome. A Lis queria assistir um filme em meu celular, mas eu não conseguia encontrar. A pequena menina se transformou, se jogou no chão, começou a se debater e gritar. Uma moça que passava por nós ao invés de oferecer ajuda, nos olhou com cara de reprovação e até virou os olhos. Pensa só como eu me senti. Com raiva e impotente.

Sim, minhas filhas são mal educadas e eu não aprovo isso. Me esforço para torná-las pessoas melhores e a se comportar, um dia eu chegarei lá. Até isso não acontecer por favor não me olhe com desprezo e não me julgue.

Chris Finger é jornalista, mãe da Lis (2 anos) e da Louise (4 anos)

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Minha filha não foi planejada, mas foi desejada

maio 28, 2017 por Chris Finger 1 Comentário

Como a Louise e a Lis tem pouca diferença de idade, apenas 1 ano e 9 meses, muitas pessoas me perguntam se a caçula foi planejada. Alguns por curiosidade e outros porque querem seguir o exemplo e ter filhos com idades próximas. Independente do motivo do questionamento, o qual eu também faço para outros casais que tem as crianças com pouca diferença, a minha resposta vem terapeutizada: não foi planejada, a Lis foi desejada.

Sempre quis ter mais do que um filho e não escondo a vontade de ter o terceiro ainda. O que muitas vezes me chama a atenção é o julgamento que a sociedade faz, principalmente da mãe que engravida sem planejar. Como se aquela que tem trigêmeos, por exemplo, tivesse imaginado que isso aconteceria. Ou ainda como se o não planejamento significasse uma negação ou rejeição à criança.

Independente se o filho foi planejado ou não, na maioria dos casos, ele foi desejado e é amado por essa família. Dizem que o inconsciente age por nós. Talvez tenha sido ele que me fez esquecer a pílula e engravidado da Lis quando a Louise tinha recém feito 1 ano de idade.

Conversando com mães que estavam grávidas e não sabiam, observo o quanto a falta de planejamento não diminui o amor que sentem pelos filhos. Elas reorganizam as vidas em tempo recorde para a chegada do bebê e como qualquer outra mãe vão aprendendo a cuidar do pequeno e a se ver nesse novo papel. Muitas transformam a culpa da não percepção da gravidez em energia para se dedicar ainda mais a esse filho.

Mesmo não planejada, a Lis foi desejada e é muito amada por todos nós. Como descobri com poucas semanas de gestação, ela ganhou toda atenção que eu achava necessária: seu nome foi escolhido com dedicação e repleto de significados, o enxoval preparado com muito carinho e o chá de fraldas organizado com esmero e alegria.

Independente se o filho foi planejado ou não, dar a vida é sempre algo do qual devemos nos orgulhar.

Chris Finger é jornalista, mãe da Lis (2 anos) e da Louise (4 anos)

Crédito da foto Morgana Perini Fotografia

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Oie eu sou a Chris Finger, jornalista, mãe da Louise (4 anos) e da Lis (3 anos). Aqui você acompanha a minha rotina e o meu despertar como mãe.

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