Já passei por isso uma vez, mas ainda não me acostumei com essa escolha. Decidir a escola em que o filho vai estudar pode se transformar numa árdua tarefa para os pais. E eu faço parte desse público que procura conhecer muitas opções e, por meio de comparações, escolhe a que se encaixa melhor nas necessidades da família.

As vagas em escolas municipais de educação infantil são escassas na maioria das cidades. O jeito para muitas famílias é buscar pelo ensino particular que caiba no bolso e que atenda bem o bebê ou a criança.

Normalmente, ao buscar a primeira escolinha do filho, os pais prestam muita atenção na estrutura física, que não traga perigo, e no carinho e atenção que os educadores demonstram pelos alunos.

Ao fazer essa escolha, sempre considerei também se o espaço contava com área verde e contato com a natureza, além de aula de musicalização. Nunca me preocupei em saber se possuía aula de inglês, informática ou se minhas filhas estariam alfabetizadas aos cinco anos, mesmo sendo tudo isso muito bom também.

Na minha opinião, na primeira infância, as crianças precisam ser crianças. Brincar, aprender a se relacionar com outras pessoas, a dividir o brinquedo e ter os estímulos corretos é o mais importante.

Agora estamos passando por esse momento de escolhas novamente, buscando uma escola para o ensino fundamental das meninas. Continuo levando em conta se o colégio possui um bom pátio externo e também musicalização. Porém, agora procuro saber sobre a grade curricular e o projeto pedagógico da escola. Nas visitas, busco entender os princípios da instituição e se coincidem com os nossos.

Muitas famílias passam por essa difícil tarefa de escolher o melhor para os filhos. Concordo com o Marcos Piangers quando diz que não devemos optar nem pela escola mais cara e nem pela mais longe de casa.

E complemento: não se preocupe se nenhum amigo da escolinha se manterá no novo colégio, pois é admirável a facilidade das crianças criarem novos vínculos e amizades. Também não se detenha em saber se os alunos formados pela instituição são aqueles que passam no vestibular para medicina ou se tornaram grandes empresários. Muito do ensino dos filhos depende também dos pais. E, por fim, escute o seu coração e a opinião do seu filho.

A escola é o segundo lar dessa família. Todos precisam se sentir bem e acolhidos.

Chris Finger é jornalista, mãe da Lis (3 anos) e da Louise (4 anos)

Compartilhar: